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sexta-feira, 20 de maio de 2011

Herança!

Alguém esses dias postou o seguinte significado sobre Herança: dizia ela:  "Herança é os bens que o morto deixa para os vivos se matarem"! Nada mais verdadeiro que essa frase. Dizia um advogado certa vez: - Só se conhece a  família,  e quem é quem,   depois que morre aquele que deixa sua herança". Também muito propício ao tema. 

Mas aqui se trata de uma história dessas que a vida conta, escreve, e que só alguns conseguem ler ou ouvir, nem todos estão preparados, e muitos não querem estar. 



Conta certa feita que um homem morava numa linda fazenda, e por muitos anos semeou em suas terras  muitas sementeiras estranhas. A tal ponto que um dia a esposa cansada de toda aquela plantação, e que o marido não lhe dava explicações sobre elas,   resolveu ir embora, levando consigo os filhos... 
O Pai da familia acabou ficando nessa casa, com muitas plantações danosas, mas como ele era macho e apesar de toda sua organização na vida, e toda sua metodologia nas plantanções lhe faltavam organizações e dedicação aos seus relacionamentos interpessoais... 

Começou a visitar seus filhos e em toda terra que entrava, lançava essas sementes.. 
Em volta da casa dos filhos as sementes começaram a germinar, eram enraizadas profundamentes, ninguém podia arrancá-las, mas aquele que semeou apenas tocava-as e elas já saiam do pé, era algo meio mistico.  
E essas ervas daninhas foram crescendo, crescendo, crescendo, a casa dos filhos já não eram visiveis.

O pai de familia resolveu casar se de novo, fez mais uma vez uma bela casa, longe de todas essas plantações,  porém, os filhos ficaram enterrados no meio de toda aquela erva daninha, e ele não fez nada pra mudar essa história.

A nova familia foi estabelecida no regaço da vida, na alegria e na mansidão.  

A vida começava cobrar do Pai suas antigas plantações, ele apenas a ignorou, não conseguia lidar com toda aquela situação. 

Um dia o Pai de familia ficou doente e seus filhos não conseguiram se desvencilhar daquelas plantações, descobriram então que o Pai não semeara só no externo deles, mas principalmente no interno. 

Esses filhos mal visitavam o Pai, por que as plantações estavam tão grandes que eles não conseguiam sair de casa, questionamentos permeavam seus pensamentos e corações: por que ele lançara toda aquela sujeira no quintal deles? Por que nunca se propos a sentar e contar os prejuízos? Por que eles se sentiram tão abandonados pelo Pai? Por que uma vez estando na mão do pai o arrancar velhas sementeiras nunca o fez??? 

Enfim o Pai viera a falecer... e como herança a viúva recebeu também todas as suas fazendas, e os filhos do primeiro casamento a obrigaram a colher os frutos e toda sementeira daquelas semeaduras. Apesar dela nunca ter participado dessa plantação e nunca haver desejado que tal coisa viesse acontecer.... teve que fazer  a maldita colheita... 

Os filhos do marido a odiavam, sem nenhum motivo aparente. 

Quando ela acabou todas as colheitas, suas mãos estavam todas machucadas, seus filhos passaram fome nesse tempo, pois enquanto não colhesse todos os campos, não poderia plantar nada novo e bom!!! 

Em qualquer tempo com sol e com chuva todos os dias ela estava arrancando as malditas raizes, foi com muito choro e lágrima que ela regou aquele solo,  sua mão calejada sangrava, e no final do dia ela ficava exausta... 

Os filhos não a conheciam e nem poderiam, pois as plantações os cegaram por muitos anos... 

Um dia a viuva acordou, o sol estava lindo, não havia uma nuvem sequer no céu... 

Ela levantou-se entusiasmada, e pos-se a trabalhar com afinco... naquela manhã ela trouxe seus filhos também para o serviço... 

Trabalhou, trabalhou, trabalhou, quando arrancou a ultima raíz, e pela primeira vez ela conseguira de fato contemplar a  varanda da casa dos filhos do marido, e estavam todos olhando pra ela... 



Eles não eram mais aos seus olhos como antigamente... 

E por outro lado os filhos desconheciam aquela mulher, nunca havia visto como ela realmente era... 

Descobriram que sempre a viram através das plantações do pai, mas que nesse dia ela os havia libertado de suas antigas colheitas... 

Ela apenas os contemplou, tomou seus filhos pelas mãos e seguiu para sua casa, agora estava livre pra plantar suas próprias sementes nas terras que herdera do seu finado marido... 

Ela então entendeu o versiculo do Salmo: 126:05 que diz:  Os que semeiam em lágrimas, segarão com alegria. Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará sem dúvida com alegria, trazendo consigo os seus molhos.
E outro: Há tempo de plantar e tempo de arrancar o que plantou, se você não arrancar, sua familia terá que fazer isso por você, depois que você partir... os humanos vão, mas suas semeaduras ficam






Shallom... 


*reflexão de um tempo terapêutico...





2 comentários:

  1. Foi um presente de Deus conhecer vc.

    "os humanos vão, mas suas semeaduras ficam"

    Adorei!!! muito lindo!

    Bjs da Mel

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  2. Mel querida!!!

    Eu digo o mesmo, e tu não sabe o quanto de cura tu trouxe a minha vida, não, tu não faz idéia, eu falo bem séio!

    Quem sabe um dia a gente possa trocar figurinhas, rs e eu te contar por que digo isso...

    bjhos

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