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sexta-feira, 20 de novembro de 2015

DOUTOR TRAGA O REMÉDIO, O AMOR FOI DESENGANADO


O amor é uma planta que tem que cuidar todos os dias. 

Essa frase já se tornou clichê entre nós, mas não há verdade mais simples do que essa, quando se refere ao amor. 
Não existe relacionamento unilateral. Tem que haver reciprocidade, nas buscas um do outro, no cuidado, no respeito, enfim em todos os sentidos. 

O Amor é um sentimento nobre, mas também uma nobre escolha. Quando alguém fala que amor é só escolha é por que ele não experimento o amor arraigado verdadeiramente de um sentimento puro, simples e maravilhoso. Uma pena! 

Algumas vezes ainda que amor exista em nós,   nossos comportamentos dizem  o contrário. 

Se isso permanece por muitos dias o Amor no outro por nós vai sendo minado, até restar pouquissimos ou quase nada, e quando acontece o rompimento, perguntamos onde foi que erramos.

Poucos são hoje os relacionamentos baseados no Amor, por que o Amor tem o olhar no outro e não no seu próprio umbigo, e estamos vivendo uma geração inteira de "umbigudos". Se ele fizer isso pra mim, eu faço pra ele, se não fizer,  não farei. Não há mais diálogos, não se fala a verdade um com o outro. A mulher se nega a cuidar da casa e dos filhos se o cara não fizer isso também... Não que não deva haver cooperação mútua,  e os dois se ajudarem, claro que não. Quando casada eu fazia questão que meu marido não fizesse nada em casa, eu queria ele pra mim, queria que a gente ficasse depois do jantar conversando, trocando idéias, namorando e que o serviço da casa eu me viraria no dia seguinte, isso pra mim não tinha preço, quando a Gigi nasceu ai eu queria que ele ficasse brincando com ela no pequeno tempo que eles tinham durante o dia, eu não me arrependo de nada, faria tudo de novo. Quando esses joguinhos entram numa relação vão virando uma disputa entre eles pra ver quem manda mais. É impressionante o quanto a gente não percebe o que um feito altruísta é capaz de fazer por nós. A recíprocidade é fruto do Amor, e quanto mais espôntanea mais bonita.

Fico impressionada com as mulheres que detonam seus maridos numa reunião de amigas,  e dos maridos que numa roda de amigos expõem suas esposas, o que eu já presenciei é de chorar. Se tem uma coisa que eu diria que é um tripé de uma relação é a fidelidade, não a fidelidade que me faz não trair, mas a fidelidade que me faz ser leal, inteiramente leal, que guarda o outro. Quando falamos mal de alguém descobrimos aquela pessoa pro mundo espiritual, a maledicência (do latim formada por male, “mal” e dicere, “dizer, falar”)faz com que distorçamos a imagem de alguém no outro, minando muitas vezes a possibilidades de encontros reais e significativos, precisamos aprender que o que o outro é comigo, não necessariamente é com o outro. Pois cada relacionamento é um novo ser. Sempre que estou com alguém que amo, gosto de estar com ela por aquela pessoa que somos quando estamos juntos e eu não sou essa pessoa com mais ninguém, só com aquela. Por isso a maledicência é algo tão danoso pras relações.  

O processo é sutil e pouco perceptivel. Não são grande acontecimentos que destrõem uma relação, são um monte das pequeninhas, e levam tempo, muito tempo... 

Esses dias vi uma cena que me chocou muito, uma mulher de uns 45 a 50 anos batia no seu pai veementemente... ele um senhorzinho muito franzino, me pareceu sofrer de alguma moléstia e muito idoso. Eu fiquei me perguntando como foi a história daquele relacionamento, o que houve? Onde se perderam? A raiva, a amargura estavam presentes nos duros golpes que o velhinho recebia, parecia uma vida inteira não correspondida. Também pensei, será que ela foi a vida inteira egocêntrica e nunca foi repreendida pelo pai? O pai foi uma criatura ausente? O pai demonstrava amor? Por que por mais cansado que um cuidador esteja, o que sempre prevalece é o amor e a empatia... Não cabe a mim julgar o comportamento da filha nem a sua história com o seu pai. Eu só queria investigar pra entender o que leva um relacionamento acabar assim. Uma coisa é certa, não há amor! Por que o Amor é paciente, é benigno, tudo sofre, tudo crê, tudo espera, não se ufana, não pensa mal, não se recente. 

Sei que nossos pais erram, erraram conosco, nós erramos com nossos filhos, mas quando maduros entendemos que podemos melhorar nossos pais em nós. Sendo melhores do que eles pro nossos filhos e também em suas velhices  pra eles. Isso é honrar pai e mãe e não obedecê-los cegamente. 


Que possamos sondar nossos relacionamentos enquanto é tempo. Sempre que temos consciência de nossas falhas, no momento do comportamento, ela sempre nos lembra o correto a fazer, mas como Paulo diz, o bem que quero esse não faço, nem sempre é fácil escolhermos pelo bom caminho, por que temos prazer no mal caminho e nosso ego adora um prazer, mas se perseverarmos veremos que o prazer real e verdadeiro está no comportamento saudável, o qual gera vida, nos livrando da morte. 

Beijos D´Luz queridos! 

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

O Ladrão do AMOR!

Bem, primeiro queria dizer que eu estava com muita saudade de escrever no meu blog.
Saudades de vocês meus leitores, o que eu acho uma prentensão sem fim, eu ter apenas um que seja.
Mas vocês são muito generosos. Gratidão! Namastê! 

Vamos  falar um pouco sobre o medo? 

O Medo é um sentimento ladrão, sugador de nossas energias, vitalidade e acima de tudo de nossa alegria de viver e de estar, um sofredor de síndrome do pânico, sabe muito bem disso. 

QUANDO SE TEM QUE EXERCER O PAPEL DE PAI E MÃE NUMA RELAÇÃO: 

É muito dificil exercer o papel de pai e mãe ao mesmo tempo, dificilmente se consegue o equilibrio entre os dois, até hoje não conheço um que exercendo tais papéis o dividiu em partes iguais.

Conheço mães na ânsia de suprir a falta dos pais anularam por completo a mãe, mesmo elas sendo tão femininas, delicadas, com ternuras pra dar e vender, tornaram-se duras, frias e secas, extremamente objetivas e racionais, não que o homem seja necessariamente assim, mas convenhamos que esses adjetivos são mais masculinos que femininos, nossas constituições desde o fisico são sempre mais delicadas. Toda mulher é doce, meiga ainda que essa não admita, como conheço algumas. 


A CONVERSA COM A TERAPEUTA: 

Conversando com minha terapeuta esses dias, eu dizia a ela o quanto eu havia me perdido no processo de ser mãe e pai ao mesmo tempo e que tinha a impressão de estar sendo mais pai do que mãe, (o que foi facilmente evidenciado por um querido amigo, que com carinho e respeito me confrontou), ela me dizia ser isso muito comum, aliás, mais comum do que se pensa, me deu exemplos de homens que ficaram mais delicados ao exercerem por 24 horas por dia o papel de mãe, tornando-se mais sensíveis e até mesmo mais emotivos e acabavam também anulando o papel de pai. Então eu não estava só no paraíso, tinham outros que passavam pelo mesmo processo. Ufa! Que alívio! 

Sempre fui uma mãe com muita ternura, eu cantava pra minha filha no banho, colocava cds, contava histórias usando seus pézinhos, suas mãozinhas, ela dava risada, fazia tanta massagem nela, que com um aninho ela pegava o óleo e me pedia pra fazer massagenzinha nela, também sempre fui muito de beijos e abraços, mas confesso, ter essa mãe se perdido no processo das dores que passamos juntas.

E O MEDO SE INSTALOU: 

Jesus disse: O que adianta ganhar o mundo inteiro e perder sua alma. E você me pergunta, o que isso tem a ver com que você está escrevendo? Tem que não adianta eu fazer o papel de pai pra que minha filha não sinta falta de presença de pai, e eu deixar morrer em mim, o amor em forma de mãe! 

Sei que falo pra mães que criam seus filhos sozinhas, que com luta diária se dispõe a amar seus filhos, a ser pai e mãe, se desdobrando pra que eles sejam alguém nessa vida.

SENDO SÓ MÃE 24 HORAS POR DIA, SEM CEDER A TENTAÇÃO DE SERMOS PAI: 

Por isso eu gostaria de dizer, se formos mães, cem por cento do tempo, e suprirmos completamente a lacuna do amor de mãe, da ternura, do carinho, do afago na cabeça, do colo, e enfim toda a MÃE, eles certamente sentirão ainda a falta do pai, É ÓBVIO, mas a segurança de ter uma mãe que os ame, a quem eles possam voltar, que não tenha um lar, mas um ninho, certamente eles crescerão pessoas mais seguras. 

NOVO DESAFIO: 

Esse é meu novo desafio nesses dias, voltar a ser mãe e só mãe e nada mais que mãe.

Me perguntei por que isso acontece, e a resposta veio de que é simplesmente o MEDO, sim o medo faz com que cumpramos papéis que não são nossos, tipo: serei pai agora, por que ela não tem a presença do pai então ela ficará e crescerá insegura, vejam a armadilha: o medo de que ela cresça insegura, faz com que tomemos o lugar do pai e não nos damos conta o fato de que se assumirmos o papel de pai, a criança ficará sem mãe. Claro que haverá momentos que teremos que cumprir esse papel, mas só em momentos, não encarnar de fato ele. seja por uma via ou por outra... 

O MEDO destrói o que há de mais belo, suave, mas acima de tudo o Medo destrói o verdadeiro amor... João em sua carta diz: o VERDADEIRO AMOR LANÇA FORA TODO O MEDO. o medo vai tomando o lugar do amor e quando a gente vê, a gente é só medo, seja ele de qual fonte for. Então voltemos ao verdadeiro amor que consiste primeiro em sermos nós mesmos, sem máscaras, sinceros, autênticos, aceitando nossas falhas, sem buscar a perfeição adoecida. Um dia Deus olhou a terra depois de tudo criado disse que era Bom, então não exija de você o PERFEITO, se você conseguir o BOM, o SAUDÁVEL, já estará de bom tamanho.

Reconheça seus erros para com seus filhos, não é vergonha, pelo contrário, isso os fará respeitá-la muito mais do que você pensa! Nada do que andar com alguém humano e se for mãe então ai é duplamente maravilhoso!
Boa Semana!